Quanto ao início da greve, conseguimos apontar um momento determinístico para o pipocar de mobilizações na cidade universitária: o efeito Paulo Martins, ou quando o diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) decidiu tentar interromper a greve ao suspender a aula e fechar todos os prédios da Unidade. Contudo, conseguimos apontar momento semelhante para o final da greve?
No IME, chegamos ao final da greve através da assembleia de 23/10 (segunda), com o resultado conclusivo de 119 contra a continuidade da greve contra 4 votos a favor da continuidade. Poderíamos dizer, talvez, que o e-mail do Reitor afirmando a não reposição das aulas para além do calendário letivo não estendido tenha arrastado es estudantes ao final da greve; mas tal avaliação fica para um balanço mais qualificado da greve no IME. O que queremos colocar aqui segue: de toda forma, é razoável perceber o movimento des estudantes do IME encerrando a sua greve em uma assembleia, tal qual ela começou.
Logo, o questionamento sobre a greve geral persiste em refletirmos se houve tal movimento à nível USP Capital, não necessariamente idêntico, mas semelhante, em que os estudantes digam: aqui se encerra a nossa greve, tal qual começamos.
Os últimos acontecimentos do movimento estudantil
Após a assembleia geral na Poli (18/10), a próxima assembleia estava marcada para ocorrer em 26/10 (quinta-feira), em frente à Reitoria. Contudo, no horário em que a assembleia iria começar, um grupo de estudantes não articulado ao DCE Livre da USP realizou a ocupação do Bloco K do CRUSP - antiga sede da Reitoria da USP.
O evento acarretou na pauta de mover a assembleia geral para frente do Bloco K a fim de garantir uma presença massiva de estudantes próximo à ocupação, de modo a mitigar a possibilidade de repreensão policial naquele momento. Tal pauta não foi consenso entre as forças políticas presentes no movimento estudantil, nem mesmo entre as forças presentes no DCE - deste último, tivemos que o Coletivo Juntos! e o Movimento Correnteza se ausentaram da construção da assembleia do dia 26/10, e não a reconhecem como legítima assembleia geral des estudantes da USP Capital. (sobre a ocupação e a assembleia, confiram o posicionamento do CAMat juntamente de outros CAs do Baixo Matão!)
De todo modo, aqueles para quais a mobilização estudantil se encerrou ali em 26/10 e aqueles para quais a mobilização estudantil seguiu até o presente momento (com ocupação, reabertura da mesa de negociação, desocupação, e etc), ambos fortalecem o chamado para o Conselho de Centros Acadêmicos (CCA) a ocorrer neste sábado (11/10) com a pauta de “balanço de greve e calendário de fim de ano”.
Colocamos aqui para es estudantes do IME para que seja possível pensarmos coletivamente: quando se acaba uma greve? Ou também, como podemos e devemos acabar com uma greve? Quais são os caminhos possíveis?
O semestre continua
Por fim, reforça-se que para qualquer dúvida ou problema relacionado à conduta punitiva de docentes a respeito de frequência/presença seja comunicado o CAMat através do e-mail camat@ime.usp.br.