Trazemos a seguinte nota veiculada pelo Centro Acadêmico da Física diante de ataques à comunidade LGBTQIA+ e perseguições nos espaços de convivência dos estudantes realizados no mês passado, pois acreditamos ser pertinente à comunidade do IME-USP.
No último ano, enfrentamos casos similares, como também vimos situações paralelas em demais institutos da Rua do Matão. Fica evidente o despreparo da Universidade em responder prontamente a estes casos, e, por não se tratarem de casos isolados, é crucial a articulação conjunta da comunidade - do Baixo Matão e etc - para garantir um ambiente seguro e de bem-estar a todos, e exigir da USP protocolos realmente eficientes.
20 de agosto de 2024
Centro Acadêmico da FísicaNos últimos dias, a comunidade do IFUSP, especialmente a LGBTQIA+, tem sido alvo de ataques preocupantes, com depredação de espaços públicos e mensagens de ódio e ameaça. O CEFISMA repudia veementemente essas ações e já está acionando todos os meios legais, tanto internos quanto externos à USP, para lidar com a situação e garantir que a segurança e o bem-estar de todos sejam preservados.
Esses ataques têm sido promovidos por um indivíduo com histórico de denúncias de assédio e envolvimento em perseguições baseadas em um fundamentalismo religioso reacionário. Além das pichações transfóbicas e homofóbicas que apareceram recentemente, o mesmo indivíduo colou uma série de mensagens de ódio e ameaças em um armário ocupado por alunos, aumentando ainda mais o clima de intimidação. Esses atos têm causado medo entre os discentes, levando muitos a se afastarem do instituto por receio de novas ações desse tipo. O CEFISMA está em contato constante com as entidades representativas, a diretoria do IFUSP, e a vigilância para tomar todas as medidas necessárias para resolver essa situação com a urgência que ela exige.
Em paralelo, destacamos que a instalação de catracas e outras medidas de controle físico no campus não substitui a necessidade de um efetivo humano adequado e treinado para garantir a segurança de todos. A recente tentativa de instalação de grades no CRUSP é um exemplo claro de medidas ineficazes, que não abordam a raiz do problema, especialmente quando as ameaças partem de membros da própria comunidade acadêmica. O combate à precarização da segurança, exacerbada pela terceirização e falta de pessoal, é fundamental para criar um ambiente verdadeiramente seguro e inclusivo.
A ocupação ativa dos nossos espaços, como promovido pela Comissão Amélia, é uma forma de resistência e organização que queremos fortalecer. Apenas com a presença constante e o uso coletivo conseguiremos reduzir as oportunidades para atos de vandalismo e intolerância. O CEFISMA reafirma seu compromisso em lutar por um IFUSP mais seguro, inclusivo e respeitoso para todos.