Sobre o acesso à cidade de São Paulo e USP por PCDs

Por Paulo Tadeu de Oliveira
26 de janeiro de 2024

Os textos a seguir foram enviados via forms de contato do BoletIME e não necessariamente condizem com a opinião do corpo editorial.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2010, estima-se que um pouco mais de um bilhão de pessoas de todo o mundo, representando por volta de 15% da população mundial e no caso do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografias e Estatística (IBGE) em 2010, estima-se que 45,6 milhões de pessoas, representando aproximadamente 23,9% da população brasileira, convivem com alguma forma de deficiência. Em todo o mundo, as pessoas com deficiência apresentam piores perspectivas de saúde, níveis mais baixos de escolaridade, menor participação econômica e taxa de pobreza mais elevada em termos comparativos às pessoas sem deficiência.

As pessoas com deficiências compõem um grupo de excluídos que sempre despertou diferentes sentimentos, desde a repulsa até a piedade extrema, tendo sido até considerados menos humanos ou desprovidos de humanidade. Atualmente, no âmbito das políticas de inclusão social e educacional, tornaram-se alvo de ações afirmativas, as quais buscam assegurar-lhes seus direitos em vários aspectos da vida em sociedade.

Acredita-se que as baixas condições de trabalho das pessoas com deficiência são devidas a situações como: dificuldade de acesso à educação, infraestrutura inadequada, preconceito, falta de informação e de melhores condições de acessibilidade por parte de escolas e empresas que fazem com que essas pessoas apresentem um menor nível de escolaridade o que dificulta o ingresso delas no mercado formal de trabalho. Para que as pessoas com deficiência atinjam perspectivas melhores e mais duradoras, devemos capacitar essas pessoas e retirar as barreiras que as impedem de participar da comunidade, de ter acesso à educação de qualidade, de encontrar trabalho decente e ter suas vozes ouvidas.

No Brasil, entre as pessoas com deficiência mais de 50% são pessoas com deficiência visual. Em uma cidade como São Paulo significa passar por problemas e barreiras de toda a ordem como calçamentos inadequados, dificuldades para acessar transporte coletivo, dificuldades de acessar transporte, lazer, saúde entre muitas outras coisas.

No caso da USP uma questão que acho que deveria ser vista é a questão de pessoas com deficiência visual para acessar o transporte coletivo, montando um sistema que permita ao usuário com um aparelho ou mesmo um aplicativo de celular poder digitar o número do ônibus que deseja pegar e em que ponto ficará esperando e o ônibus emite um sinal dizendo quanto tempo demora ou se já está chegando.

Esse tipo de coisa acho que traria maior comodidade aos passageiros com mais garantia de que pegará o seu ônibus e aos motoristas dos coletivos evitando paradas desnecessárias.

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