Relato de um imeano sobre seu trajeto até a USP

Por Leitores
26 de janeiro de 2024

Os textos a seguir foram enviados via forms de contato do BoletIME e não necessariamente condizem com a opinião do corpo editorial.

O caminho para a USP é uma das partes mais difíceis da graduação. O cansaço de morar longe e todos os dias depender do transporte público para chegar ao IME atrapalha o desempenho acadêmico e me coloca em uma posição de questionar até mesmo se mereço estar ali, visto que frequentemente não consigo dedicar tanto tempo para estudar, e não consigo notas tão boas como meus colegas.

Meu percurso diário consiste em três transportes públicos, a CPTM, em um trecho de aproximadamente 40 minutos entre Caieiras e Luz, o metrô, por mais 15 minutos, até o Butantã, e o circular até o IME. Considerando o tempo que eu levo da minha casa até a estação de trem, e as filas de espera para o circular, levo em torno de 1h40min até 2h para chegar, diariamente, e o mesmo na volta. Além disso, há todo o estresse do transporte lotado, com ar condicionado em mau funcionamento e percorrer a maior parte desse trecho em pé.

Agora com o anúncio da privatização da linha 7 rubi, veio um outro anúncio: a perda da estação da Luz nessa linha. Assim, meu percurso que já é grande irá aumentar, pois haverá mais uma baldeação no caminho, além da provável perda de qualidade do serviço. Se pensarmos mais ainda, o trecho Caieiras-Butantã, de carro, leva cerca de 30 a 40 minutos. Por que ainda temos que passar por toda essa humilhação para ter o mínimo acesso a educação?

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