Repasse do CCA de 11 de novembro de 2023

Por CAMat
07 de dezembro de 2023

Texto escrito pelo membro do CAMat que esteve presente na reunião do CCA

Esse foi o primeiro CCA depois da greve e tivemos a oportunidade de discutir muitos temas relevantes. A princípio foram feitos repasses sobre a greve em diferentes institutos. O CAMat fez um repasse sobre a aplicação do BoletIME na greve como um ambiente de debate, que fez coro com outros repasses de institutos do Baixo Matão, como o da Física que instituiu uma tribuna de debates.

Um ponto que me chamou atenção foi o debate sobre o fim da greve, em que o DCE rachou entre a UJC, que reconheceu a legitimidade da assembleia realizada na ocupação, e os demais coletivos (Juntos e Correnteza), que não reconheceram aquele espaço. Me surpreendeu a crítica de um determinado setor que estava presente no CCA, que mesmo tendo sido crítico a ocupação, apontou que essa fragmentação do movimento estudantil no momento final foi muito prejudicial. Nas palavras deles, o setor que ocupa o DCE atualmente, que compõe a oposição de esquerda nacionalmente, não pode se dar ao luxo de errar e abandonar espaços como esse, porque isso abre espaço para o oportunismo de outros setores como as juventudes do PT.

Em seguida, o tensionamento foi para determinação do calendário, por dois problemas: o calendário eleitoral do DCE e uma possível Assembleia Geral. O ponto da Assembleia Geral é polêmico porque haviam setores ali no CCA que pressionavam pela assembleia porque não houve um encerramento formal da greve, e também porque seria papel dos estudantes definirem o novo rumo do movimento estudantil uspiano diante do racha do DCE. Foi pontuado que as assembleias gerais na forma que são feitas atualmente acabam sendo apenas assembleias do campus Butantã, pois não contemplam os interiores, muitos dos quais sequer aderiram a greve.

A proposta alternativa foi a de não realizar a assembleia, entendendo que estamos no fim de semestre, e seria mais produtivo buscar assembleias de curso e debater os temas localmente, posição que o CAMat seguiu, votando contra a assembleia geral.

No que diz respeito a eleições, o debate foi muito parecido: o mandato atual já deveria ter se encerrado e um setor argumentou que já não se sabe exatamente qual é a natureza dessa chapa, que está dividida, então se faria necessário a eleição. Por outro lado, a greve fez com que a comunidade discente em geral estivesse muito sobrecarregada nesse final de semestre, e muitos CAs estavam organizando suas eleições locais (como nós do CAMat). O representante de um CA de Bauru apontou que, por exemplo, não seria possível realizar as eleições no campus.

Nesse sentido, assim como uma assembleia geral sem adesão do corpo estudantil não faz sentido, uma eleição em que não se possa garantir a participação estudantil ampla não faz sentido. A proposta, que o CAMat votou a favor, foi de extender o mandato e realizar um CCA eleitoral em algum momento de janeiro a ser definido para realizar eleições no início do ano que vem, após a calourada.

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